🧠 O que é Comportamento Interferente?
O comportamento interferente é qualquer ação que prejudique:
A qualidade de vida da criança ou de quem convive com ela;
A segurança física do próprio indivíduo ou de outras pessoas;
O desenvolvimento de habilidades, especialmente no processo de aprendizagem e nas interações sociais.
⚠️ Exemplos Comuns
Esses comportamentos costumam ocorrer com alta frequência ou intensidade e incluem:
Agressões (autolesão ou contra terceiros);
Destruição de objetos;
Fugas de tarefas (por exemplo, levantar da cadeira ou sair correndo);
Protestos intensos, como:
Gritar continuamente;
Jogar-se no chão;
Chorar inconsolavelmente.
Esses episódios costumam ser difíceis de interromper, gerando grande desgaste físico e emocional para cuidadores e professores.
🧩 O que a ABA propõe?
Na Análise do Comportamento Aplicada (ABA), a intervenção com foco em comportamentos interferentes tem como prioridade:
Identificar a função do comportamento — ou seja, o que a criança está tentando comunicar ou evitar com aquela ação;
Reduzir o comportamento disfuncional sem punir, mas compreendendo suas causas;
Ensinar comportamentos alternativos que sejam mais adequados para a mesma função.
👨🏫 O papel do supervisor ABA
O supervisor é responsável por:
Conduzir uma análise funcional para entender o que mantém o comportamento (ex: busca por atenção, fuga, reforço sensorial, etc.);
Criar e aplicar estratégias individualizadas baseadas nos dados da avaliação;
Orientar a equipe terapêutica e os cuidadores para que as mudanças ocorram de forma consistente em diferentes ambientes.
💡 Exemplo prático
Se uma criança rasga o material escolar para escapar de uma tarefa, podemos:
Ensinar a criança a pedir uma pausa usando fala, gesto ou comunicação alternativa;
Reforçar positivamente esse novo comportamento funcional;
Reduzir gradualmente o comportamento interferente, ao mesmo tempo em que aumentamos a autonomia da criança.
🌱 Benefícios da intervenção correta
Ao aplicar estratégias eficazes e respeitosas, conseguimos:
Reduzir crises e explosões de comportamento;
Melhorar o vínculo com os cuidadores e a convivência familiar;
Aumentar a participação da criança em atividades sociais e escolares;
Promover o desenvolvimento de habilidades importantes para a vida.
💬 Em resumo
Lidar com comportamentos interferentes exige:
Conhecimento técnico;
Olhar individualizado;
Planejamento com base em dados.
Com a abordagem certa, transformamos desafios em oportunidades reais de desenvolvimento, favorecendo a autonomia, a inclusão e o bem-estar da criança com autismo e de toda a sua rede de apoio.